segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Por un Polvo (Por um pó) *

Imagem: retirada do blog do diretor

Por Caroline Lima

A intenção inicial, segundo o próprio diretor venezuelano, Carlos Daniel Malavé, de satirizar os filmes hollywoodianos é boa, mas nessa produção, não convence. Em "Por un Polvo", a mocinha bonitinha, porém, ordinária; o galã do tipo novela mexicana; o amigo esperto e faz-tudo; e os mafiosos, com algum plano desastroso por dinheiro, passam batidos e não impressionam mais. Sem contar o recurso de começar o filme de trás para frente.

Tudo começa com um diretor com problemas no processo criativo e com várias dificuldades de finalizar seu filme. Ele tem um filho e vive em guerra com sua ex-mulher. Precisa urgentemente conseguir fechar negócio e ter dinheiro para emplacar algum filme, quando então recebe uma ligação misteriosa de uma mulher e marcam um encontro às escuras. Acabam se envolvendo, e ele torna-se cúmplice dos planos dessa mulher e dos ‘capangas’ que lhe acompanham para trocar o pó por dinheiro, descobrirem o nome do tal líquido que reage com esse pó e, finalmente, conseguirem fugir para Paris. No meio do filme, é possível que você se perca e não queira mais assistí-lo. A partir daí, o filme não desenvolve muita coisa até seu final.

A trilha sonora é muito confusa, fazendo com que o telespectador sinta-se numa festa rave e disperse a atenção. E sem contar as excessivas cenas de sexo e culto ao corpo da bela atriz, talvez um dos poucos recursos para prender a atenção do público.

Além do filme não ter agradado muito, ainda houve vários fatores que o atrapalharam durante a exibição, como corte de áudio, legendas atrasadas e algumas falas sem tradução. Parecia que os 90 minutos de filme eram intermináveis. As várias reviravoltas o tornam cansativo. Por fim, tudo não passava de uma idealização de roteiro. E o filme termina onde começou. Uma estrela, para apoiar a produção de filmes latino-americanos.

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