O filme do diretor brasiliense, José Eduardo Belmonte, tem como plano de fundo a eleição presidencial de 2006, e conta a história de um jornalista frustrado, interpretado por Cauã Reymond, que por dificuldades financeiras, acaba se envolvendo com golpistas.
A fotografia, assinada por André Lavenère, mostra a realidade da metrópole paulistana com todas as dificuldades que uma cidade grande tem, muito bem retratada, conseguindo envolver o público. A trilha sonora, que vai desde música infantil e samba aos clássicos do rock, agrada e nos remete a momentos de nostalgia. A interpretação de Cauã convence, e como encarna o bonzinho que também também estoura em momentos de tensão, tira um pouco a imagem de galã que construiu com os papéis que atua em novelas.
Apesar do baixo orçamento, o filme é bem produzido. Questionamentos interessantes é feito a todo momento e a história de cada personagem, o porquê se envolvem em trapaças, dão uma certa profundidade na caracterização do filme. Mas, as narrações e as longas tomadas de cena e várias captações de pequenos detalhes causam certo incômodo. Ponto alto para a interpretação de Caroline Abras, que vive Marcin no drama, que talvez por motivos de sobrevivência no mundo do crime, se diz menino.
O filme tem tudo para se tornar um sucesso. O elenco traz ainda João Miguel, Luiza Mariane, Milhem Cortaz e Leandra Leal.
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